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Na hora de definir a tecnologia a ser utilizada em um sistema de Automação, o que deve ser levado em conta?

Na fase de concepção de um projeto de automação de uma planta industrial, é comum existirem dúvidas a respeito da tecnologia a ser utilizada e de como definir a melhor arquitetura do sistema a ser implantado.

Esta escolha deve ser bem criteriosa, pois uma decisão errada poderá impactar em problemas na adequação do sistema às necessidades do processo automatizado, além das questões de limitação quanto à flexibilidade e escalabilidade no caso de futuras ampliações e de gastos em excesso com soluções mal dimensionadas.

A fim de auxiliar nesta decisão, acreditamos ser interessante esclarecer alguns conceitos comumente mencionados em discussões de automação industrial, mas que muitas vezes  podem gerar confusão na hora da definição da arquitetura a ser utilizada.

Tecnologia do Sistema de Controle

A primeira análise a ser feita para definição do tipo de hardware de controle a ser utilizado é quanto à tecnologia a ser adotada.

Sistemas de Supervisão e Controle podem ser baseados em plataformas tipo DCS (solução completa de hardware e software) ou em controladores lógicos programáveis (CLP’s) interligados à softwares de supervisão SCADA ou IHM’s, através de redes de comunicação.

Os controladores lógicos programáveis foram concebidos originalmente como substitutos para painéis de relés complexos em industrias de fabricação com processos envolvendo sinais de IO discretos. Já os DCS´s foram desenvolvidos para a execução de algoritmos de controle tipo PID, substituindo controladores single loop e multi loop em plantas de processo com produção contínua ou em bateladas, com necessidades de implementação de estratégias de controle avançadas (controles em cascata e de razão, controles com ganhos adaptativos e controles antecipativos, por exemplo).

Entretanto, nos últimos anos, a evolução destas duas tecnologias tem feito com que funcionalidades que antes só eram encontradas em um desses produtos estejam também disponíveis no outro.

Funções como controle sequencial para preparo de bateladas ou estratégias de controle analógicos mais complexas são hoje perfeitamente executadas em controladores lógicos programáveis que, inclusive, são identificados por seus fabricantes  como PAC (Programmable Automation Controller) ao invés da tradicional sigla PLC (Programmable Logical Controller), que especifica a utilização deste equipamento em sistemas de controle preferencialmente discretos configurados através de lógicas booleanas.

Por outro lado sistemas baseados em DCS tem evoluído para soluções tipo híbridas, incorporando funções típicas de controladores lógicos, como a configuração de funções lógicas mais complexas e a utilização de remotas de campo, por exemplo. Uma de suas mais importantes evoluções está na disponibilzação de dados através de protocolos de comunicação industriais abertos (modbus, profibus, ethernet I/P, etc), deixando de lado a necessidade anterior de utilização de gateways de alto custo para disponibilizar dados de suas redes de comunicação fechadas e com protocolos proprietários.

Dentro desse cenário, a escolha entre uma ou outra arquitetura deve ser feita considerando o as características e necessidades do processo a ser controlado considerando, no mínimo, fatores como disponibilidade, tempos de execução e ciclo de vida e suporte do fornecedor do produto.

Como disponibilidade entenda-se necessidade de redundância de controladores e módulos de entradas e saídas. Nesse aspecto a solução baseada em DCS se mostra preferencial em relação à solução baseada em controladores programáveis. Estratégias e hardware para implementação de redundância em sistemas tipo DCS são nativas do produto. A implementação dessa arquitetura em sistemas baseados em controladores programáveis implicará em necessidades adicionais de hardware, software e horas de desenvolvimento de engenharia, aumentando de forma expressiva o custo dessa solução.

Em relação ao tempo de execução (scan time) exigido pelo processo, se o sistema exigir processamento muito rápido para aplicações como, por exemplo, desligamentos de segurança com registros de sequenciamento de eventos, a solução baseada em controladores programáveis é, sem dúvida, recomendada. Enquanto um sistema de controle tipo DCS tem um tempo de execução normalmente de 1 segundo, um sistema baseado em PLC tem scan time na ordem de micro ou milissegundos.

Quanto ao suporte ao produto, os fornecedores de sistemas tipo DCS geralmente tentam exigir que os clientes finais utilizem sempre seus departamentos de engenharia para a implementação de novos desenvolvimentos e atividades relacionadas a contratos de manutenção. Já os fabricantes de soluções com controladores programáveis utilizam, normalmente, uma rede de integradores de sistema autorizados e devidamente treinados para essas atividades.

Processamento Distribuído ou Concentrado?

A diferença entre esses dois conceitos é que na arquitetura com processamento concentrado são utilizadas estações de aquisição de dados nas unidades da planta, conhecidos como “Remotas”. Essas remotas fazem a interface, através de módulos de entradas e saídas analógicos e digitais, com os sinais de campo que serão monitorados e controlados por uma única central de processamento (CPU) – a transferência de dados entre essas remotas e o controlador é feita através de uma rede de comunicação industrial, robusta e de alta velocidade.

Como o processamento é concentrado em um único controlador, a possibilidade de se trabalhar com CPUs redundantes deve ser considerada, uma vez que em caso da falha na CPU acarretará uma parada geral de fábrica, devido a esta CPU ser responsável por controlar todas as unidades da planta.

Na arquitetura com processamento distribuído, os sistemas de controle de cada uma das áreas ou unidades deverá possuir um controlador dedicado. Esse sistema apresenta uma disponibilidade maior em relação ao sistema com processamento concentrado sem redundância de CPU, uma vez que uma falha na CPU de determinada área não comprometerá o funcionamento das estratégias de controle de outras unidades.

Conclusão

Podemos observar que a definição do sistema de automação e controle mais adequado  depende de uma série de fatores que devem ser analisados com muito cuidado, pois sempre existirão vantagens e desvantagens na solução adotada. O mais importante é analisar e entender as reais necessidades do sistema a ser implementado, considerando os pontos positivos e negativos que cada solução oferece para a sua aplicação. Após esta análise será possível decidir, de forma precisa, sobre a opção mais acertada.

A Yukon oferece serviços de consultoria industrial e pode ajudar sua indústria nesta tomada de decisão de investimento. A empresa possui ampla experiência para entender as necessidades de cada negócio e encontrar, junto ao cliente, a melhor solução de automação. Entre em contato conosco e tire suas dúvidas!


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O que significa a virtualização de sistemas e aplicações

A virtualização é uma tecnologia de TI que vem sendo cada vez mais adotada no desenvolvimento de sistemas de automação.

Uma máquina virtual (Virtual Machine – VM) pode ser definida como “uma duplicata eficiente e isolada de uma máquina real”. É como uma cópia isolada de um sistema físico que está totalmente protegida, geralmente por uma estrutura de TI, com servidores físicos e unidades de armazenamento redundantes. Basicamente, uma VM é como um “computador dentro de computador”, sendo este último um servidor com alta capacidade de processamento e memória, essenciais para suportar essa aplicação.

Para essa arquitetura, basicamente é necessário instalar um software específico na máquina física e, a partir deste software, criar um ou vários discos virtuais, onde poderão ser instalados os sistemas operacionais e aplicativos.

Esta possibilidade de rodar outros sistemas operacionais dentro de uma máquina física com acesso a outros softwares instalados dentro da própria máquina virtual é uma grande vantagem no dia a dia, pois cria-se um sistema que desvincula o hardware físico do software e a incompatibilidade entre aplicativos e sistemas operacionais é eliminada. Outra grande vantagem dessa arquitetura é a extrema rapidez na recuperação dos sistemas em caso de falhas e perdas, uma vez que as VM’s são “arquivos gerenciáveis” e backups podem ser realizados e/ou programados.

 

A Virtualização possibilita uma arquitetura onde é possível executar diversos sistemas sem que seja necessário executá-los nos computadores de trabalho (Workstations). Todo o processamento e consumo de recursos das aplicações é realizado pelo servidor físico, e não mais nas workstations, o que permite que estas possam ser máquinas mais simples, ou até mesmo apenas “monitores”, também conhecidos como ThinClient, acessando o servidor e utilizando os sistemas de forma remota.

 

Seja local ou na ‘nuvem’, a virtualização de sistemas traz inúmeros benefícios para operação e manutenção em todos os segmentos da indústria.

 Benefícios da Virtualização de Aplicações

  • Redução de custos: redução dos custos operacionais e investimento em hardware, já que com a virtualização de aplicativos, temos a possibilidade de redução do número de computadores devido ao fato de rodarmos múltiplas aplicações em um mesmo servidor. A redução da quantidade de ativos da empresa, por consequência, faz cair também os custos de manutenção. Adicionalmente, podemos considerar a redução de espaço físico e ainda a diminuição do consumo de energia elétrica.
  • Redução dos problemas com compatibilidade de hardware e software: a virtualização torna possível rodar aplicações novas em máquinas consideradas “velhas”. Ou, o inverso, permite a atualização de hardware sem que haja impacto em softwares mais antigos em uso. Quem nunca se deparou com a incompatibilidade de um aplicativo com outro ou com o sistema operacional de uma máquina? Virtualizando os aplicativos isso é facilmente resolvido, pois ele será instalado em um servidor virtual e não em um computador físico, o que elimina os problemas de compatibilidade.

 

  • A cópia ou transferência de uma VM entre computadores é simples, pois não há a necessidade de reinstalação do sistema operacional e softwares necessários ao retorno ao funcionamento. Basta copiar a VM de um servidor para outro. No caso de pane no servidor físico, o restabelecimento do sistema também é muito rápido, desde que haja backup da VM a ser restaurada em um novo servidor. Esta facilidade aumenta a disponibilidade do sistema e, por consequência, a produtividade. Muitas vezes, a recuperação de um servidor de dados pode levar até mais de um dia de trabalho.

                   

 

  • Maior segurança e confiabilidade: capacidade de trabalhar com seu ambiente em HA (High Availability), esta tecnologia nos traz a possibilidade de trabalhar com aplicações em servidores rodando em cluster, ou seja, você terá proteção contra falha física de seu servidor em caso de desastres, tendo uma disponibilidade de 100% de sua aplicação.
  • Virtualização é uma tecnologia mais sustentável, a chamada Green Technology, uma vez que ao se adquirir menos equipamentos, no final de sua vida útil, serão menos materiais tóxicos a serem descartados para o meio ambiente.

Como nem tudo é perfeito, em contrapartida a virtualização ainda possui um custo considerável, devido à necessidade de hardwares “potentes’, geralmente servidores específicos com alta capacidade de processamento, e equipamentos auxiliares, principalmente em arquiteturas de grande porte. Contudo, com a popularização dessa tecnologia, encontramos cada vez mais comum encontrarmos arquiteturas mais simplificadas e otimizadas para pequenas e médias aplicações, e assim aos poucos na redução dos custos de implementação.

Virtualização em Nuvem

Como a implementação dessas arquiteturas virtualizadas muita das vezes são complexas e exigem um conhecimento específico na área, a virtualização em nuvem existe como uma alternativa, atraindo cada vez mais adeptos. Mas esse assunto ficará para uma próxima discussão por aqui.

Virtualização já é uma realidade

Existem no mercado diversos softwares de virtualização, como por exemplo: Vmware, Citrix, Microsoft Hyper-V. O Vmware destaca-se como a solução mais utilizada nas indústrias usuárias desta tecnologia. Uma das principais vantagens do Vmware é que é muito leve, ocupando pouca memória no HD da máquina.  

A virtualização já deixou de ser uma tendência e hoje é uma realidade no mundo corporativo. A Yukon tem utilizado esta tecnologia em projetos de automação recentes. Os clientes entendem ser esta uma boa estratégia para aumentar as taxas de produtividade e facilidade de manutenção e intervenção nos sistemas. Para saber mais, clique aqui e entre em nosso blog, ou se tiver alguma dúvida entre em contato com a gente!

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Automação com PlantPAx – o DCS da Rockwell

O sistema de controle distribuído (DCS) desenvolvido pela Rockwell, denominado  PlantPAx, consiste em uma plataforma comum de automação que integra controle de processos, eficiência e segurança operacional para toda a planta.
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O sistema é baseado na plataforma FactoryTalk e em padrões abertos de comunicação (Ethernet/IP) para disponibilização de informações em tempo real para toda a empresa, garantindo integração entre todos os setores da cadeia produtiva. A integridade do sistema e a proteção das informações são asseguradas por estratégias de segurança em camadas.

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